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Manejo da pastagem deve ocorrer ao longo de todo seu ciclo para manter qualidade e nutrientes
Fonte: Nutrição e saúde animal
Um rebanho saudável e bem manejado é fator determinante na atividade pecuária, seja de corte ou de leite. Independente do padrão genético do gado, os animais só vão expressar seu máximo potencial com uma nutrição adequada.
A pecuária brasileira tem nas pastagens sua principal fonte de alimento para o gado bovino, com a utilização de gramíneas e o seu correto manejo; fator fundamental para a eficiência produtiva das plantas e, consequentemente, do rebanho.
Dessa forma, o manejo da pastagem, bem como do pastejo, consiste em intervenções visando obter maior quantidade de leite e carne por área, de forma que não prejudique o desenvolvimento da forrageira e nem a qualidade do solo.
De uma forma geral, o manejo da pastagem e do pastejo consistem na forma com que se permite aos animais acessarem a pastagem. Assim, inclui a adequação da quantidade de animais sob o pasto, a determinação do período de ocupação e o período de descanso da pastagem.
Com isso, além de contribuir para uma maior produtividade, o manejo adequado ainda colabora para a preservação do meio ambiente. Isso porque evita a erosão e a compactação do solo, por exemplo, que são problemas comuns em áreas sem manejo ou com manejo inadequado.
Podemos destacar como objetivos do manejo da pastagem:
- a produção constante de capim
- a conservação da qualidade do solo
- a alimentação em quantidade e qualidade para os animais
- a não degradação da pastagem
Manejo de pastagem
O manejo da pastagem consiste em administrar basicamente duas necessidades que se complementam. O pasto precisa de folhas saudáveis para se desenvolver e os animais necessitam destas folhas para se alimentar. Dessa forma, o manejo do pastejo também gera controle sobre o animal e sobre o pasto.
Existem dois métodos básicos de manejo de pastagem:
– pastejo contínuo: chamado também de lotação contínua, é o sistema onde os animais permanecem na mesma área de pastagem ao longo do ano. Esse sistema de pastejo é geralmente utilizado quando o pasto é nativo ou natural, porém, pode apresentar taxas inferiores de produtividade.
– pastejo rotacionado: ou também lotação rotacionada, esse sistema consiste em dividir a pastagem em piquetes, onde são utilizados um piquete por vez, com períodos determinados de ocupação em cada piquete. O pastejo rotacionado é mais indicado quando se utilizam gramíneas forrageiras de alta produção, como os capins Mombaça, Aruana, Massai, Tanzânia e Quênia.
Fonte: G1 Globo
Entretanto, o que deve determinar a taxa de lotação do pasto, os períodos de ocupação e de descanso é o crescimento da pastagem.
Esse detalhe pode ser observado através da altura da planta, que permite ao animal se alimentar do pasto com a melhor relação qualidade x quantidade.
O primeiro pastejo pode ser feito quando o pasto atinge cerca de 80% da altura recomendada para cada espécie. Uma braquiária brizantha, por exemplo, que chega na altura máxima de manejo em 40 centímetros, pode receber o primeiro pastejo entre 30 e 40 centímetros.
É sempre importante considerar esse tempo inicial para a entrada dos animais no pasto, para não deixar a planta passar da altura ideal. Dessa forma, os principais objetivos desse manejo – desde o primeiro pastejo – são a uniformização da altura da área a ser pastejada e o estímulo do perfilhamento das plantas, visando uma pastagem mais rigorosa.
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