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São mais de 70 milhões de cabeças de gado bovino nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás
A região Centro-Oeste brasileira é rica em belezas naturais e uma das que mais cresce quando o assunto é o setor agropecuário. Nos últimos anos, a agricultura e a indústria se intensificaram na região, mas a pecuária segue como o principal destaque dos estados da região, com ênfase para a bovinocultura de corte.
O maior número de cabeças de gado está no estado do Mato Grosso. De acordo com dados do último Censo Agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são 30,3 milhões de bovinos.
Desde 2010 o número de cabeças de gado no MT aumentou 5,4%, com a produção de carne subindo cerca de 17%. Esses números demonstram o resultado dos investimentos dos pecuaristas na intensificação da produção. O estado também possui grandes frigoríficos, sendo responsável pela maior parte dos abates bovinos no país.
Somado aos outros estados do Centro-Oeste, o rebanho de gado bovino pode chegar a mais de 70 milhões de cabeças de gado, respondendo por cerca de 36% da concentração nacional de gado bovino.
Apesar de a produção de carne suprir a demanda da região, também abastece mercados da região Sudeste, por exemplo, além das exportações.
Quanto às raças que mais se destacam na região, podemos citar o nelore, brangus, canchim, senepol, limousin, simental e caracu. Já na produção leiteira, destaque para raças como girolando, gir, holandesa, pardo-suiço e jersey.
Dentre os principais fatores que favorecem a atividade pecuária na região, estão as condições naturais como o clima, vegetação, água e relevo. Desenvolvida de forma geralmente extensiva (gado a pasto), a criação de gado na região do Pantanal é uma das principais fontes econômicas, e o rebanho encontra pastagens abundantes e naturais no período chuvoso (entre janeiro e junho).
Dessa forma, os três estados do Centro-Oeste são o “carro-chefe” nacional no abate de gado e, juntos, representam mais de um terço da produção nacional. O sucesso da produção pecuária também se dá pelo fato de a região ser a maior produtora de grãos do país.
Além disso, a soja e milho produzidos na região ainda se convertem em alimentos de qualidade a um custo mais baixo para os pecuaristas. Com isso, o resultado é um produto final de qualidade, tanto no que diz respeito à carne ou ao leite produzidos na região.
Nos últimos meses, porém, houve um aumento no abate de fêmeas, ocasionando uma redução do rebanho em regiões do Centro-Oeste, que se complicou ainda mais com a pandemia da Covid-19.
De acordo com a Embrapa Gado de Corte, as margens seguiram apertadas em 2021, ano em que o setor ainda enfrentou a falta de animais para abate. Assim, a indústria seguiu em busca dos bois, aquecendo essa demanda no mercado externo e valorizando a arroba. De acordo com a entidade, o preço dos insumos também prosseguiu em alta, bem como o dos animais de reposição, tendo em vista a baixa disponibilidade de animais.
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