Suplementação pode ser necessária para a produtividade do gado bovino criado a pasto

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Em época de seca onde a pastagem fica escassa, suplementação ajuda a manter os animais com peso ideal

O desempenho do gado bovino de corte criado exclusivamente a pasto, muitas vezes, é limitado – principalmente em função da ingestão de nutrientes. Para remediar a situação, fatores como manejo adequado da pastagem durante o período das águas e a suplementação ou o confinamento durante o período seco podem surtir efeito.

Esse tipo de manejo evita que os animais fiquem oscilando entre aumento e perda de peso. E, como resultado, é possível obter uma redução na idade de abate, além de maior eficiência na produção e giro de capital.

Assim, a suplementação com energia ou proteína na nutrição dos animais pode ser fornecida de acordo com o valor nutricional da forragem, o que também está ligado à estratégia de manejo do pasto.

Ademais, há pesquisas que demonstram que os animais mantidos em pastagens tropicais durante o período seco, consumindo baixos teores de proteína e energia e recebendo apenas suplementação mineral, geralmente apresentam redução de peso durante esse período.

Entretanto, mesmo na estação de chuva, quando as forragens apresentam maior qualidade, os animais podem não expressar todo seu potencial produtivo – que pode ser limitado pela falta de ingestão de proteína ou energia.

Assim, a suplementação pode ser acrescida de concentrados, que auxiliam em fatores como:

– melhor desempenho dos animais;
– aumento da taxa de lotação dos pastos;
– aumento na produção total de carne por unidade de área;
– melhorar a qualidade da carcaça;
– favorecimento na preparação dos animais que terminam em confinamento, ajudando a encurtar esse período.

Uma estratégia de suplementação pode ser destinada a melhorar o uso da forragem, por exemplo, maximizando seu consumo e digestibilidade. Isso é possível com misturas múltiplas, que são produzidas a partir da adição de fontes de proteína e energia à mistura mineral, como sal proteinado.

Normalmente, são rações balanceadas, compostas por alimentos volumosos e concentrados, que suprem as necessidades nutricionais deixadas pelas forrageiras.

Vejamos as diferenças entre os volumosos e concentrados.

  • Concentrados: possuem baixo teor de fibra e alto valor energético. Apresentam menos de 20% de proteína na matéria seca. São considerados energéticos o milho, triguilho e farelo de arroz, dentre outros.
  • Volumosos: possuem alto teor de fibra, mas baixo valor energético. Dentre os volumosos podemos destacar os capins verdes, silagens, fenos e palhada, por exemplo.

O uso de proteinados é recomendado mesmo em período das águas, quando a pastagem é abundante. Isso ajuda na digestibilidade da fibra e no aumento da energia do animal.

Para tornar viável a pecuária de corte, é preciso um manejo racional das pastagens, sem deixar de lado a suplementação dos animais, principalmente durante o período de seca.

Ademais, o objetivo da suplementação pode variar de acordo com o sistema de produção, geralmente definido pela idade de abate. É importante salientar que o desempenho do animal também varia de acordo com a raça, genética e do manejo em geral.

 

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