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Você já deve conhecer o termo “monta natural”. Não é nenhum bicho de sete cabeças: trata-se da cópula entre o macho e a fêmea, sem a interferência humana. Ou seja, que ocorre de forma livre. Mas você, pecuarista, sabe quais são os benefícios desse tipo de monta? O que é melhor: a inseminação artificial ou a monta natural?
Neste artigo, a JetBov traz para você orientações que irão te ajudar a sanar essas e outras dúvidas relacionadas ao assunto.
Monta natural: vantagens, desvantagens e como manejar
A monta natural é o método tradicional mais conhecido, utilizado em rebanhos de cria criados de forma extensiva, e é muito popular por ser fácil de aplicar. Afinal de contas, não é necessária mão de obra dos peões da fazenda para que ela aconteça, nem a observação e identificação dos cios por pessoas qualificadas. Além disso, o cio das fêmeas são melhor aproveitados, pois o macho sabe o momento certo para realizar a monta.
Contudo, há também algumas desvantagens que devem ser levadas em consideração pelo pecuarista no momento de decidir qual vai ser a forma de fertilização utilizada em sua fazenda. São elas:
- Acidentes ocorrem com certa frequência, podendo afetar e ferir as matrizes, o macho e até mesmo outros animais ou pessoas que estejam ao redor no momento da monta;
- Se o touro for grande ou pesado demais, as matrizes podem sofrer lesões;
- A “vida útil” do touro é reduzida pelo excesso de montas, sendo necessária a troca do reprodutor dentro de poucos anos;
- A taxa de prenhez é baixa devido a limitação do touro em efetuar a monta. Um animal saudável consegue realizar, por ano, uma média de 30 montas;
- Nem sempre o boi que fará a monta é aquele que tem os melhores genes;
- O risco de contágio de doenças sexualmente transmissíveis é exponencialmente maior.
Além disso, as anotações e o controle sobre a taxa de prenhez dos animais se tornam quase impossíveis, pois o acasalamento pode ocorrer inclusive à noite, não sendo percebido pelo time da fazenda.
O que fazer para melhorar os resultados?
Uma das saídas mais comuns para obter uma maior taxa de prenhez em matrizes que se reproduzem através de monta natural é diminuir o número de fêmeas por touro. Conforme informado anteriormente, um touro consegue efetuar a monta em uma média de 30 fêmeas em um ano. Ao reduzir o número de fêmeas a serem montadas para 15, a taxa de prenhez será maior.
Outra dica, é garantir que o touro escolhido seja um bom reprodutor. O método mais simples de se conseguir ter essa informação é observando a circunferência escrotal, qualidade espermática, o prepúcio, o comportamento sexual, o peso e a carcaça do animal. Parece óbvio? Mas acredite, muitos pecuaristas não conseguem bons resultados por não analisarem esses quesitos na hora da compra do animal reprodutor.
Apesar de ser uma técnica muito usada, ela é pouco viável para produção em grandes propriedades, ainda mais quando comparada à inseminação artificial, na qual é possível inseminar vários lotes de fêmeas simultaneamente. Além disso, a taxa de concepção de uma fêmea também é consideravelmente maior quando ocorre a inseminação por uma pessoa qualificada, pois o sêmen é depositado dentro do aparelho reprodutivo da fêmea, não havendo “desperdícios”. Isso sem contar que se evita bastante estresse por parte dos animais e o risco de acidentes é reduzido drasticamente!
Mas, porque então os pecuaristas nem sempre optam pela inseminação? Além do custo consideravelmente elevado para aquisição de equipamentos, é necessário a contratação de uma equipe qualificada. Enquanto na monta natural, ele não precisa se preocupar com questões de manejo.
A monta natural é mais lucrativa que a inseminação?
Se você está se perguntando se a monta natural é mais lucrativa do que a inseminação ou vice-versa, a resposta é: depende do objetivo do pecuarista.
Se o objetivo for cria para venda, em uma fazenda de grande escala, a inseminação artificial é sem dúvidas a melhor opção. Apesar dos custos expressivos, essa técnica trará grande retorno ao produtor, com elevadas taxas de prenhez, bezerros padronizados, mesma época de parição, lotes homogêneos, etc., o que facilita em muito a criação e manejo até a venda dos animais.
Caso seja uma fazenda de pequena produção, a monta natural é o mais recomendado. Isso porque um touro reprodutor, quando precisa ser descartado, já terá pago o custo que o pecuarista teve com ele, além de gerar uma porcentagem de lucro. É um método que o produtor pode confiar que terá o retorno. Já a inseminação, caso feita sem os procedimentos adequados, desde a estocagem do sêmen até a inseminação propriamente dita, trará muitos prejuízos.
Por isso, tenha atenção aos detalhes de cada um dos manejos da fazenda de gado de corte. E aproveite para conhecer e experimentar uma plataforma digital de gestão para pecuária de corte que vai auxiliar no gerenciamento da fazenda! Aproveite a JetBov! TESTE GRATUITAMENTE a nossa solução!