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Olá amigo produtor, tudo bem? Hoje vamos falar sobre um assunto que tira o sono de muitos pecuaristas, a chegada da época seca do ano! A maior preocupação é em relação à possível falta de alimentos para os animais.
Não podemos negar que é uma época difícil, e que dá uma travada na produção, porque além das chuvas pararem por alguns meses, a temperatura ainda cai, o que ocasiona um menor crescimento do capim. Com isso a pastagem seca, diminui o teor de proteína e ainda aumenta o de fibra, sendo os fatores certos para acabar com a alegria de quem não está bem preparado.
Por isso um bom planejamento é de extrema importância para que nada disso te cause dor de cabeça! E um bom planejamento é realizado com um ano de antecedência. Mas caso você esteja lendo esse texto próximo da chegada da seca não desanime, vamos pontuar várias soluções e alguma delas poderá se encaixar em seu cenário.
Vedação de Pastagens
A técnica mais utilizada e mais básica, que se encaixa em muitos cenários, é a vedação de pastagens, que consiste em reservar uma parte de seu pasto que, normalmente, varia entre 30 a 40% da área total. É possível estimar esse valor com o conhecimento do teor de matéria seca do seu pasto e a quantidade que ele cresce, em determinado espaço de tempo (temos materiais aqui em nosso blog para te dar apoio nesses cálculos). Normalmente a área a ser reservada poderá variar entre 30% e 40% e deve ser mantida reservada, sem pastejo (por volta de 60 a 90 dias), podendo também ser utilizado a adubação nitrogenada no início da vedação, como uma ajuda a mais para o crescimento do capim.
Deve-se sempre observar o crescimento e ter o cuidado de não deixar o capim acamar, pois o acamamento do capim já implicará em perdas de alimento, uma vez que os animais não conseguirão abocanha-lo efetivamente.
Enquanto essa área é reservada sem pastejo, a outra parte que está com os animais em pastejo contínuo poderá ser melhor utilizada, tendo o alimento colhido de forma mais eficiente fazendo o uso de rotação de pastejo, que consiste em dividir essa área em vários piquetes, onde os animais irão passar um ou alguns dias pastejando e depois irá para o próximo piquete. Assim, quando os animais chegarem no último piquete, poderão retornar para o primeiro, que já estará novamente em condições de pastejo e assim sucessivamente.
Cabe lembrar que deverá ser respeitado uma altura de pós-pastejo, com a altura maior que o usual, pois o que irá ajudar no crescimento do capim são as folhas realizando fotossíntese.
Outros Alimentos
Outra alternativa é fazer o plantio de capineiras, feno ou áreas com outros tipos de alimento para fazer silagem, que serão utilizados quando o alimento dos pastos acabar. Essa opção poderá também ser fornecida enquanto ainda tiver alimento nos pastos, desse modo irá diminuir o consumo do pasto, fazendo-o ter uma maior capacidade de rebrota e maior poder de acúmulo, e, consequentemente, maior disponibilidade de alimento para os animais na época da seca.
Outra fonte de nutrição que poderá ser utilizada é a ureia, para aumentar a quantidade de proteína na dieta e melhorar a digestão desses alimentos, mas lembre-se: o uso de ureia deve ser realizado com cautela! Possuímos textos em nosso blog que poderão auxiliá-lo nesse uso.
Além das capineiras e silagens, também podemos fazer uso de misturas de alimentos com o uso de sal mineral e suplementos proteicos, aliados com algum tipo de alimento como milho; soja; casquinhas; farelos; bagaços; e diversos outros tipos de alimentos disponíveis no mercado. Esse alimento será melhor aproveitado e terá melhor aceitação se for fornecido juntamente com o pasto, como foi comentado anteriormente. Aqui também é possível utilizar a ureia, mas recomendamos que isso seja feito com o acompanhamento de um profissional zootecnista.
Outra possibilidade é ainda fazer o uso de rações. Para isso, o custo deverá ser melhor estudado, pois pode onerar demais o investimento! Portanto, recomendamos fortemente o acompanhamento de um profissional da área.
Irrigação das pastagens
Outra opção que pode resolver bastante o problema é a irrigação dos pastos, mas essa opção pode não ajudar muito quem possui propriedades em localidades em que, nesse período do ano, têm temperaturas abaixo da temperatura base, da forrageira, fazendo a implantação de forma escalonada e realizando irrigações.
Posteriormente, faça a transferência dos animais para um semi-confinamento, para que eles consumam o alimento que foi plantado, ou transfira-os diretamente para as áreas plantadas com o outro alimento, assim que elas forem ficando em ponto de consumo, caso a espécie plantada seja outra forrageira, por exemplo.
Redução do Rebanho
Em certos casos, deve-se considerar também a venda de animais, para que seja garantido alimento para os animais que irão ficar na propriedade. Devemos nos atentar bem na escolha dos animais a vender, tendo em base sempre o foco nos objetivos que possuímos em nossas propriedades (cada fazenda possui objetivos diferentes em relação ao seu rebanho).
Independente de qual opção for utilizar, o que mais irá trazer resultados satisfatórios é o planejamento realizado com antecedência, pois não há como escolher uma opção e dizer que essa será melhor que outra. Cada propriedade tem seu próprio cenário e cada cenário tem uma opção diferente que é a mais viável.
Esperamos que essas dicas possam ter ajudado a se planejar melhor e a passar pela época seca do ano sem dores de cabeça. Desejamos uma alta lucratividade e uma alta produtividade em seu negócio, amigo pecuarista!
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Muito bom as dicas de vcs