O que você precisa saber sobre financiamento rural

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Muito se fala sobre as estratégias utilizadas para impulsionar a produção pecuária com aumento de produtividade mas, o que você sabe quando se trata de capital para financiar as tecnologias que garantem esse impulso?

Em muitas propriedades, utiliza-se o recurso oriundo do próprio caixa mas, é de conhecimento que existem inúmeros produtos econômicos que visam impulsionar o caixa do pecuarista, os famosos financiamentos.

Você sabia que existem diversas modalidades de crédito rural?

O produtor pode obter financiamentos de diversas formas, seja ele o crédito rural advindo de recursos públicos, que é uma das modalidades de financiamento e pode ser destinado para custeios, investimento, industrialização e até mesmo para comercialização. Além de outras modalidades de financiamento como antecipação de recebíveis, custeios e financiamentos indiretos.

O crédito rural é uma política pública em nosso país e anualmente são liberados bilhões de reais por meio do Plano Safra, destinados às instituições financeiras para que as mesmas tenham os programas de financiamentos subsidiados para o agronegócio.

A partir da elaboração do Plano Safra, são definidos os valores que o BNDES destinará para cada programa de financiamento e, atualmente, o Banco do Brasil é o maior detentor dos valores destinados para estas linhas de crédito.

Muitas dúvidas surgem sobre como solicitar e conseguir financiamentos rurais:

Em se tratando das linhas de crédito garantidas por políticas públicas, o primeiro passo é entender se o objetivo de sua necessidade de capital se encaixa em alguma delas, pois os valores são destinados para custeios, comercialização ou investimentos.

Além do direcionamento do recurso, é necessário se atentar ao tamanho de sua propriedade, visto que a grande maioria dos programas são destinados a pequenos e médios produtores, como é o caso do PRONAF.

A partir do momento que entende que se encaixa nesses critérios, ocorre a busca pelas instituições financeiras – bancos ou cooperativas e, a partir de então, de acordo com os valores direcionados e modalidades de crédito disponíveis em cada instituição, começa o processo de análise.

É de conhecimento que, todo o processo junto aos bancos ou cooperativas vai ter algumas exigências, como por exemplo a definição e apresentação de projetos, documentações da propriedade e do produtor, além de exigências de garantias e sendo assim, é importante ter a organização e o planejamento, pois este processo não acontece da noite para o dia.

Realizadas as análises, se aprovados os valores para os produtores, será definido o prazo para pagamento, taxas e o dinheiro estando disponível irá utilizá-lo para os devidos investimentos.

O prazo para pagamento varia de acordo com o tipo de financiamento ou custeio e, ao chegar este prazo o produtor deverá realizar o pagamento dos valores devidos.

Vale lembrar que esta é a forma de se buscar crédito por meio das formas “tradicionais”, via bancos ou até mesmo cooperativas. Além destas instituições, atualmente o processo pode ser facilitado, pois existem novas modalidades de crédito rural, que podem facilitar a vida do produtor rural tanto em questões burocráticas quanto em tempo de liberação dos recursos.

Quais as outras possibilidades de acesso ao crédito rural?

As linhas de crédito via políticas públicas são subsidiadas pelo tesouro nacional, o que garante que as instituições possam oferecer taxas bem atraentes.

Mas, mesmo com o aumento dos valores direcionados para o plano safra ao longo dos anos, muitos especialistas alertam que os indícios é que não serão suficientes para atender as necessidades de financiamento demandadas pelo campo. E frente a isso os produtores se perguntam, quais as outras possibilidades de tomada de crédito?

Além das linhas de crédito subsidiadas, as instituições bancárias e cooperativas contam com valores direcionados para empréstimos diretos ao produtor rural. Sendo assim, também é outra alternativa para tomada de crédito.

Também é possível conseguir créditos ou custeios por meio de empresas, os chamados financiamentos indiretos, pois o produtor compra os insumos e tem um longo prazo para pagamento. Além de opções de antecipação de recebíveis, por meio de tradings ou outras empresas.

Opção é o que não faltará, mas o que se deve levar em consideração são as questões relacionadas a valores que serão aprovados, taxas e principalmente a facilidade de solicitação e de todo o processo pois, muitas vezes o produtor perde oportunidades de investimentos ou até mesmo não consegue custear seus insumos em momentos de crise por ter um processo de busca pelo crédito dificultoso.

Como o crédito pode impulsionar a atividade pecuária?

Conhecendo como podemos chegar ao crédito e para quais finalidades podemos utilizá-lo, podemos aplicar para a realidade da pecuária de corte.

É fato que além dos programas que utilizamos como exemplo, existem diversos outros programas e, quando pensamos em pecuária, dentro do próprio Pronanf existem valores destinados para compra de matrizes e reprodutores. Além disso, existe o Inovagro, que viabiliza investimentos em tecnologia para a propriedade, indo desde modernização de estruturas e identificação animal até compra de licenças de softwares de gestão.

Investindo em gestão, por exemplo, poderá com base em dados, aproveitar melhores oportunidades e ter maior assertividade em seus manejos de pastagem, nutricionais e até mesmo reprodutivos, visando aumento de sua produtividade.

Além disso, a melhoria dos resultados pode vir também do aumento da lotação, financiando a compra de novos animais ou até mesmo insumos e serviços para melhorias em pastagens.

O que esperar para o futuro quando se trata de crédito?

Além de estudar estes fatores, não podemos deixar de comentar que, quanto maior a organização ao que tange a gestão financeira, maior será a facilidade, tanto para que faça seu planejamento e análises do retorno, que terá com os investimentos e custeios para o qual destinou o financiamento, quanto para as instituições financeiras liberarem o crédito, pois tem maior clareza do risco que estão assumindo.

Nos últimos anos tem sido crescente a preocupação com novas alternativas de crédito, inclusive pelo ministério da agricultura, pecuária e abastecimento. Visando atender todos os produtores, o MAPA vem atuando em estratégias para aumentar as instituições privadas que possam financiar a safra com as novas modalidades de crédito.

Mas, antes mesmo das preocupações do governo com estas novas modalidades, muitas empresas, principalmente as conhecidas como agfintechs, já começaram a oferecer novas alternativas de crédito e vem ganhando mercado, sendo uma aposta muito forte para o futuro do crédito.

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