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Hoje trouxemos um assunto que pode ser muito interessante para aplicar em sua fazenda de gado de corte: o confinamento do rebanho. Você já adota esse sistema na sua propriedade ou está pensando em adotar? Continue a leitura pois iremos abordar tudo o que você precisa saber sobre o confinamento.
O Brasil, quando falamos de carne bovina é considerado o maior exportador no ranking mundial, com bastante potencial para produção que vem aumentando gradativamente. Isso se dá graças aos produtores que investem cada vez mais em tecnologias e adotam o bem-estar animal como um índice a ser levado em consideração na cadeia de produção.
O confinamento é um sistema que proporciona uma boa rentabilidade para o pecuarista, ou seja, um ótimo retorno financeiro, o que também proporciona uma maior qualidade do produto, além de uma boa administração e organização do ciclo produtivo. A maior parte da criação do gado no país é empregado em sistema extensivo, ou seja, 95% dos animais a pasto.
Mas vamos ao que precisamos saber…
O que é o sistema de confinamento?
Vamos começar pela definição para entender melhor esse sistema.
O confinamento é um método que aloja animais de criação e engorda de bovinos tanto em baias, currais e piquetes dentro de uma área delimitada baseada no manejo e uma alimentação balanceada ofertada em cochos no intuito de melhorar os índices produtivos.
O confinamento supera diversas adversidades. Quando os animais são alojados em baias ajudam a mantê-los distantes das mudanças climáticas, do efeito da sazonalidade como épocas de seca que interferem diretamente no pasto tornando as forragens escassas e menos nutritivas, fazendo com que os animais percam peso. Assim, confinados os animais não deixarão de se alimentar obtendo uma boa nutrição necessária para sua produção, o que é ótimo para a indústria e para o próprio pecuarista.
A criação a pasto é um método de escolha do confinamento para produtores devido ser mais simples, barata e produtiva, o que leva um baixo custo ao produtor comparada a galpões, pois não há altos investimento em instalações, apenas as cercas para delimitarem os piquetes, onde os animais ficam a pasto se alimentando das gramíneas e também no cocho com uma ração balanceada. Só que todos os métodos têm suas vantagens e desvantagens, visto que o confinamento em baias, mesmo que o investimento seja mais alto, o retorno também é, pois o ciclo começa a rodar e fica mais fácil e viável coordená-lo. No entanto, o produtor vê bem mais rápido o seu LUCRO.
Vamos entender mais um pouco sobre cada tipo de confinamento.
Quais os tipos de confinamento existentes?
1 . Confinamento a céu aberto
Nesse tipo de confinamento, como dito anteriormente, os animais ficam o tempo todo na pastagem sem cobertura, porém, com uma área delimitada de acesso. Além da alimentação com forrageiras, o rebanho se alimenta de ração colocada no cocho, sal mineral e água a à vontade, uma vez que estes cochos de alimentos são necessários que haja alguma cobertura a fim de evitar qualquer interferência climática como as chuvas. Além do mais, é bastante importante que existam árvores para oferecer sombra ao gado permitindo um maior bem-estar a eles. Sabe-se que quando o animal está em estado de conforto, a sua produção se torna mais eficaz.
2 . Confinamento semi coberto
Como o nome já diz, os animais ficam parcialmente no pasto, porém há uma área coberta que eles possuem acesso. São oferecidas as mesmas condições do confinamento a céu aberto e geralmente os cochos são postos nas áreas protegidas. O objetivo dessas áreas fechadas é proporcionar o sombra como às árvores têm, ou seja, o conforto e a proteção da irradiação solar.
3 . Galpão coberto
Esse confinamento consiste em galpão com estruturas todas fechadas, onde são ofertados cochos de volumosos, concentrados, sal mineral e água. Esse tipo de sistema não é muito aderido aqui no Brasil devido a seu alto custo de investimento, o que para muitos produtores não é nada compensatório financeiramente.
Quais as vantagens do confinamento?
O confinamento proporciona ao animal muito mais possibilidade de engordar do que quando eles são criados soltos e com alimentação baseada somente no pasto. Ademais, o intuito do confinamento é gerar o menor desgaste muscular e menor gasto de energia possível do animal evitando que ele perca peso, conciliando com uma nutrição adequada para seu desenvolvimento e produção.
Devido a delimitação de áreas, o tamanho reduz, podendo utilizar as outras áreas da propriedade para o plantio de outras cultivares ou diversos fins. Além do mais, os animais ganham esse maior peso em um período de tempo muito menor, podendo reduzir o tempo deles para o abate – o que leva consequentemente a diminuir os custos com manutenção dos mesmos.
Há um baixo índice de mortalidade devido ao controle sanitário realizado nesse sistema.
Como aplicar na prática?
É importante que você tenha segurança de toda alimentação para o rebanho por períodos contínuos além da acessibilidade dos animais. A alimentação é fundamental para o gado de corte e deve ser realizada com eficiência.
A área destinada ao confinamento deve ser longe de rodovias e até mesmo zonas urbanas devido ao barulho, pois este aumenta o estresse dos animais e reduz seu peso e desempenho. Além do mais, é viável escolher locais próximos à fontes de águas e um solo plano.
Também é necessário que se faça uma manutenção periódica da estrutura de confinamento para garantir a qualidade e saúde dos animais. Por fim, sua propriedade precisa de um bom espaço para manejo de vacinação, armazenamento dos estoques, manejo do rebanho para entrada e saída dos mesmos, área de preparo dos alimentos e vários outros.
E aí produtor, qual dos sistemas de confinamento você adota na sua propriedade? Se ainda não adotou esse sistema, é necessário que ao escolher o tipo de confinamento, leve em consideração a disponibilidade dos recursos de sua propriedade e qual o seu objetivo.