A importância das vacinas para garantir a saúde dos bovinos de corte!

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A vacinação é um assunto muito importante na pecuária, principalmente quando falamos de produção animal. Você já pensou nas inúmeras doenças e patologias que são evitadas e/ou amenizadas devido às vacinas?

a importância das vacinas em bovinosO intuito da vacinação é esse, evitar e controlar doenças, proporcionando uma vida saudável aos animais e como consequência, uma boa produtividade para a fazenda.

Quando falamos em gado de corte, os animais doentes causam perdas relacionadas à produção de carne, ganho de peso, deposição de gordura, ganho médio diário, conversão e eficiência alimentar.

Geralmente um dos primeiros sintomas de um animal que se encontra doente é a apatia. O animal perde consumo e gasta toda sua energia, presente na carne e na gordura, a fim de combater a patologia/doença.

Isso faz com que a produtividade desse animal caia e consequentemente, gere prejuízos ao produtor que terá que, além de contratar um serviço veterinário, arcar com despesas dos remédios para o tratamento do animal.

Pensando assim, ficamos cientes de que o melhor é vacinar. O custo com a vacina nada mais é que um investimento em qualidade de vida e saúde para seu rebanho.

Você sabe quais são as vacinas recomendadas para bovinos?

Existem diversas vacinas no mercado, e algumas como Brucelose e Aftosa se destacam pela sua obrigatoriedade.

Sanidade: as vacinas e o controle de pragas em seu rebanho estão em dia?A Febre Aftosa se classifica como uma das doenças infecciosas mais contagiosas dos animais. É uma enfermidade causada por vírus e se dissipa por contato entre animais doentes, podendo também ser transmitida pelo vento, além de contaminar instalações, utensílios, água, solo e vestimentas.

Essa doença gera prejuízos econômicos grandes, que afetam significativamente o produtor. Por isso vale se atentar ao calendário de vacinação que varia de acordo com o estado e região.

Já a Brucelose se trata de uma doença bacteriana, que pode afetar tanto os animais como nós humanos. Essa doença gera problemas reprodutivos, como abortos, dificuldade de emprenhar, levando a queda na produtividade animal, e até mesmo ao descarte de animais positivos.

Por se tratar de uma zoonose, a Brucelose também é um risco para a saúde da população humana em geral. Visando a erradicação desta doença, o MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento criou o PNCEBT – Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose. A partir de então, tornou-se obrigatória a vacinação de fêmeas bovinas com idade entre três e oito meses com a vacina B19.

Dentre as vacinas não obrigatórias, mas não menos importantes, podemos destacar: Raiva; Carbúnculo; Clostridioses; Leptospirose; IBR e BVD.

A Raiva Bovina é causada por um vírus, e se trata também de uma zoonose, ou seja, pode acometer humanos. Ela afeta diretamente o sistema nervoso dos animais, podendo ocasionar convulsões e paralisia respiratória, dentre outros sintomas, levando o animal a óbito.

Atualmente a vacinação de raiva bovina é aplicada apenas em regiões específicas, as quais possuem morcegos que usam o sangue como fonte de alimento. É indicada também quando ocorrem casos esporádicos de raiva, sendo recomendado a vacinação de todos os animais da propriedade com duas doses, a segunda trinta dias após a primeira, além da revacinação que deve ocorrer anualmente.

Aliado a isso é recomendado a vacinação de todos os animais existentes na propriedade, não só os bovinos, mas também equinos, animais domésticos, ovinos e caprinos, a fim de manter um controle sanitário na região.

O Carbúnculo é causado por bactérias e se trata de uma doença infecciosa aguda. É popularmente conhecida como manqueira, pela claudicação que causa nos animais, devido a inflamação muscular que é gerada.

Essa doença acomete bovinos de seis meses a dois anos de idade, levando o animal a óbito. A vacinação é recomendada para todos os bovinos após três meses, devendo ser aplicada a cada seis meses até que o animal complete dois anos de idade.

A Clostridiose é um termo usado para se referir às doenças ocasionadas por bactérias do gênero Clostridium, que geralmente são encontradas no intestino dos animais. Não é possível haver erradicação dessa doença, portanto a vacina deve ser aplicada em todo o rebanho, como forma de controle e profilaxia.

A primeira dose deve ser administrada aos dois meses de vida do animal, e o reforço deve acontecer um mês após a primeira dose, isso para bezerros que possuem mães imunizadas.

Já quando as matrizes não são imunizadas, a administração da primeira dose da vacina no bezerro deve acontecer com duas semanas de vida, e o reforço após um mês, além de revacinação após seis meses.

É necessário reforço anual da vacina para manter o controle e a profilaxia da doença.

Você sabe quais são as vacinas recomendadas para bovinos?A Leptospirose é uma doença infecciosa causada por bactérias e trata-se de uma zoonose. Sua transmissão ocorre entre animais, e dos animais para humanos, quando há contato da urina do animal infectado com a pele.

O animal infectado com essa doença pode continuar eliminando a leptospira por até 1 ano, mesmo que recuperado clinicamente.

A vacinação deve ser feita nos animais de quatro a seis meses, devendo ser aplicado reforço após quatro semanas, a revacinação é recomendada a cada seis meses.

IBR (Rinotraqueíte Infecciosa Bovina) e BVD (Diarréia Viral Bovina) são doenças causadas por vírus. A vacina é equivalente às duas doenças, e deve ocorrer no terceiro mês de vida do animal, tendo reforço após quatro semanas. Após isso, o reforço deve ser anual.

É recomendado vacinar animais que se encontram em período reprodutivo, um mês antes do início da estação de monta.

Mas,  qual vacina será ideal para sua região e seu rebanho?

Para que essa decisão seja tomada da forma mais assertiva possível, deve ser realizada uma análise sobre a saúde dos animais, pesquisa sobre doenças endêmicas, além de diagnóstico caso exista animais já acometidos por doenças na sua propriedade.

Vale lembrar que é sempre importante o acompanhamento de um profissional da área, para que ele possa instruí-lo, a fim de obter a resolução do problema da melhor forma possível.

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