Você verá nesse artigo:
- Nutrição: que cuidados você tem adotado para garantir um rebanho mais produtivo também na seca?
- Sanidade: as vacinas e o controle de pragas em seu rebanho estão em dia?
- Genética: seu rebanho está tendo ganhos genéticos planejados?
- Manejo do rebanho: as pesagens dos animais estão dentro do esperado?
- Fazenda deve atuar na gestão para garantir rebanho produtivo até no período de seca
Tempo de leitura: 7 minutos
Existe um ditado antigo que diz que o olho do dono é que engorda o boi. Apesar de toda a sabedoria dos antigos, esse ditado não passa de um mito. Há uma série de fatores técnicos em sua fazenda de gado de corte que irão definir se o seu rebanho vai engordar dentro do que você espera! Por isso inclusive, é fundamental atentar-se para estratégias que irão garantir um rebanho mais produtivo inclusive na época de seca.
E para garantir que a sua propriedade esteja no caminho certo, inclusive nos períodos de seca, uma época que exige cuidado redobrado com o gado, é necessário planejamento e boa gestão. E isso deve ser feito considerando quatro fatores primordiais: a nutrição, a sanidade, a genética e o manejo do rebanho.
Nutrição: que cuidados você tem adotado para garantir um rebanho mais produtivo também na seca?
No Brasil, a grande maioria da produção de gado de corte é feita em regime de pasto, pois tanto o tamanho do nosso país quanto o clima favorecem esse tipo de atividade.
Mas algumas regiões do país sofrem durante o ano períodos de seca e de menos luz diária, como é o caso das regiões centro-oeste e sudeste do Brasil. As fazendas que atuam com pecuária de corte devem se preparar para esses períodos de seca através do uso de silagem, feno, campineira, entre outros.
Nesses meses de seca e de menos exposição ao sol, o capim torna-se rico em uma substância chamada lignina, que torna a planta mais rígida, o que faz com que o gado tenha um menor proveito de proteína. Por isso, o pecuarista que vive em locais em que esse tipo de situação ocorre deve investir em suplementação para que seu rebanho continue ganhando peso!
O mesmo ocorre com locais em que é comum geadas durante alguns períodos do ano. Alguns tipos de pasto são mais resistentes às baixas temperaturas, mas não possuem um valor nutricional tão bom quanto outros tipos que não respondem tão bem ao frio. Nesses casos, o pecuarista de corte também deve recorrer à suplementação para garantir uma boa produtividade ao rebanho.
Sanidade: as vacinas e o controle de pragas em seu rebanho estão em dia?
Alguns Estados exigem do pecuarista de corte que seu rebanho seja vacinado em determinadas épocas. Essa obrigatoriedade existe para que sejam controladas doenças que eventualmente possam se transformar em epidemias e fazer com que embargos internacionais sejam aplicados à carne bovina brasileira.
Além do fator óbvio de evitar ser penalizado com multas, o pecuarista deve estar atento a esse calendário sanitário e segui-lo à risca. Contudo, preocupar-se somente com as vacinas obrigatórias está longe do ideal: é importante também buscar um ambiente livre de pragas, através da aplicação de vermífugos, carrapaticidas, sprays repelentes, entre outros, quando necessário.
Genética: seu rebanho está tendo ganhos genéticos planejados?
É fato que a maioria do rebanho de corte do Brasil é da raça Nelore, mas várias raças vêm surgindo com adaptações ao clima brasileiro e aos pastos predominantes do país. Mas para aumentar a produtividade do rebanho não é somente apostando em novas raças ou no cruzamento entre elas. Para isso, você deve dar uma atenção à genética do seu rebanho!
O nelore tem a rusticidade e flexibilidade que abrange vários sistemas produtivos, e por isso alguns pecuaristas podem pensar que a raça produz pouca @/hectare, mas isso não é verdade. A raça Nelore pode ter um rendimento tão bom quanto qualquer outra raça. A melhor ferramenta para predizer quanto seu rebanho pode melhorar é a DEP (Diferença Esperada na Progênie). Existem empresas e modelos matemáticos que calculam o mérito genético de cada animal no rebanho, fazendo com que seja fácil identificar quais são os touros que têm maior chance de gerar bezerros com melhor desempenho.
Vamos dar um exemplo: dois touros, em que o Touro A é líder em avaliações genéticas, que tem uma DEP para peso ao desmame aos 7 meses (DEP210) de 30kg, e o Touro B, campeão em morfologia, beleza e estrutura, mas com uma DEP baixa, de -20kg. Nesse caso, a diferença no DEP seria de 50kg! Ou seja, seu rebanho – somente na fase de Cria – pode ganhar 50kg de peso corporal por bezerro, apenas levando em consideração a escolha do touro!
Por isso, é importante conhecer a genética dos animais e ter critérios objetivos e quantitativos em relação a isso. Não compensa investir dinheiro em uma raça ou em um animal sem DEP, pois isso pode ser um “tiro no escuro”. E isso é um problema enorme se você está buscando um aumento na produtividade do seu rebanho de corte.
Manejo do rebanho: as pesagens dos animais estão dentro do esperado?
Pesar seus animais é de extrema importância para o sucesso de sua atividade de pecuária de corte. Pesar quando se adquire os animais e quando são enviados ao abatedouro é o mínimo para isso, mas o ideal é contar com uma balança na fazenda, para que seja possível descartar animais ineficientes, mensurar o Ganho Médio Diário (GMD) e se a suplementação ou mineralização está dando resultado.
Além da pesagem, outros cuidados precisam ser tomados se você quer garantir um rebanho produtivo. Um dos pontos de maior importância para o aumento da produtividade do seu rebanho de corte é a forma com que você utiliza as áreas de pasto da sua fazenda.
Um pastejo rotacionado, que permite a recuperação do pasto e melhores valores nutricionais, associado a uma adubação correta, fazem toda a diferença no ganho de peso do seu rebanho! Atualmente existem várias tecnologias que podem ajudar sua fazenda a otimizar a produção de pastagem. O segredo é fazer as contas do investimento necessário e descobrir a viabilidade para a sua propriedade. E acredite, esse tipo de investimento ajuda e muito a fazenda a garantir um rebanho mais produtivo inclusive na época de seca.
Além do pasto, o pecuarista que cuida de uma fazenda de gado de corte precisa também se preocupar com a água, tanto a oferecida ao rebanho quanto a que irriga o pasto. A água fornecida ao rebanho requer uma atenção especial à sua qualidade. O bebedouro do rebanho deve ser lavado no mínimo uma vez na semana. Além disso, a qualidade da água em si também deve ser boa, pois isso irá evitar uma série de prejuízos (perda de rendimento, problemas de saúde do rebanho – que consequentemente exigirão investimento em medicamentos – morte prematura, etc.). Aqui a pergunta que o pecuarista deve se fazer é: você beberia da água que dá ao seu rebanho? Se a resposta é “sim”, então você está no caminho certo!
Fazenda deve atuar na gestão para garantir rebanho produtivo até no período de seca
Esses são alguns cuidados que você precisa ter se quiser garantir que sua fazenda de gado de corte seja mais lucrativa e que o seu rebanho produza mais até mesmo durante a seca. Claro, cada fazenda possui suas próprias características, que exigem cuidados do proprietário da fazenda e de seus gestores, mas uma boa gestão desses quatro pilares levarão sua fazenda a resultados muito melhores!
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