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O índice mais importante para uma fazenda de gado de corte é o ganho de peso dos animais. E para o rebanho ganhar peso, é necessário fornecer aos bois uma alimentação de qualidade em todos os períodos do ano, inclusive durante a época de seca, quando a alimentação pode ficar mais escassa no pasto. Daí a importância de se atentar quanto as soluções para seca e suplementação.
A alimentação é um dos fatores que mais gera custo na criação do animal. Conhecer a região, o clima e estações do ano é importante, pois isso vai definir quando o pasto será abundante e quando serão as épocas em que algum tipo de suplementação será necessária.
Como alcançar boas soluções para seca e suplementação
No Brasil, a base da alimentação bovina geralmente é o pasto, e em algumas regiões, se o produtor não se planejar da forma correta, seu animal acaba não tendo um bom rendimento, por conta da falta de alguns nutrientes durante os meses de inverno e de pouca chuva.
Por isso, neste artigo trazemos algumas orientações sobre como fazer o pasto render mais e resultar em um melhor alimento para o gado, assim como dicas de como realizar a complementação alimentar adequada para o rebanho. São informações sobretudo essenciais para ajudar a fazenda a encontrar soluções para seca e suplementação.
Planejamento, cuidado, adubação e gestão do pasto
O manejo das forragens é importante, pois uma das principais exigências do animal ele encontra nela, a fibra necessária para o desenvolvimento do seu sistema digestório.
Para que não haja perda da pastagem, o ideal é dividir o pasto em piquetes, isto é, adotar o pastejo rotacionado, para que enquanto um piquete se recupera para receber novamente os animais, estes estejam se alimentando em outro piquete. Dessa forma o animal não fica sem se alimentar, nem o pasto sofre com pisoteamento ou de falta de tempo para se recuperar.
Além disso, fazer a manutenção do pasto é outro aspecto fundamental, pois ali está a garantia da alimentação do seu rebanho. Fazer adubação e análises de solo, para que o solo esteja em dia com seus nutrientes, irá refletir no crescimento e qualidade da forragem oferecida para o seu gado de corte. Isso, consequentemente, vai trazer uma maior produtividade ao seu rebanho.
Passo a passo para a adubação
Um pasto adubado adequadamente irá produzir mais folhagem, garantindo assim um maior número de animais em uma mesma área. E isso pode significar mais animais em seu rebanho, sem a necessidade de expandir a fazenda.
Quando falamos em adubação de pasto, logo pensamos em adubação com nitrogênio, pois este nutriente possui maior resposta em curto prazo, trazendo assim o melhor retorno de custo-benefício dentre os adubos existentes. O principal, quando falamos de adubação de pasto com nitrogênio, é o seu parcelamento. Ou seja, é a divisão da aplicação em doses menores e mais frequentes. Estas aplicações devem ser na faixa de 60 kg N/ha, pois valores acima desta já possuem altas perdas no solo. Desta maneira, podemos trabalhar com 3 a 6 aplicações (60 kg N/ha) por ano, totalizando de 180 a 360 Kg N/ha/ano.
Devido aos adubos de nitrogênio, como a ureia, possuírem altas perdas para a atmosfera, não é interessante que a adubação seja feita em um período seco. Sendo assim, a melhor situação para você produtor, é acompanhar a previsão de chuva de sua região, e fazer a distribuição do adubo de um a dois dias antes de uma pancada de chuva.
Chuvas acima de 15 mm já são suficientes para dissolver os grânulos do adubo e assim fazer a incorporação no solo. Importante: não faça a aplicação em solo úmido, pois a umidade do solo não será capaz de incorporar o adubo.
A distribuição do adubo também possui grande importância quando falamos em adubação. É necessária uma distribuição uniforme, para que o crescimento padrão do capim aconteça em toda sua área de pasto. Isso vai facilitar o manejo dos piquetes e o ajuste do número de animais em cada um deles.
Após a correta aplicação do adubo, ainda é necessário tomar algumas precauções, como a vedação do piquete adubado. Quando adubamos, o capim demora alguns dias para começar a responder, e com isto devemos dar um tempo de descanso para a planta, retirando os animais por um período, até atingir uma altura desejada para iniciar o pastejo pelos seus animais. Desta maneira o capim possui maior resposta à adubação.
Por fim, mas de grande importância também neste contexto de soluções para seca e suplementação, é o registro das informações sobre as adubações. Isso garantirá maior gestão e controle desta operação, e evitará erros como uma adubação subsequente a outra, para propriedade com grandes áreas ou subdivididas em pequenos piquetes.
Além disto, ao final da estação chuvosa, podemos calcular a quantidade total de adubo por piquete, e o total da fazenda, facilitando o manejo do próximo período, tanto no momento da compra, quanto na aplicação, permitindo a cada ano o ajuste pelo proprietário.
Como realizar suplementação estratégica
Caso você não consiga adotar um planejamento para a pastagem da sua fazenda, e o pasto deixe de se desenvolver por conta do clima, fazendo com que os animais precisem de outras fontes de nutrientes para que não tenham seu ganho de peso comprometido, a suplementação estratégica é a melhor saída.
Principalmente nos períodos de seca, se realizada corretamente, a suplementação faz com que a perda de peso seja revertida para ganhos moderados ou, pelo menos, que haja a manutenção de peso dos animais.
A suplementação mineral é uma prática de importância enorme, pois a pastagem muitas vezes pode não suprir as necessidades de minerais fundamentais para os ossos, hormônios entre outros, responsáveis pela boa manutenção do metabolismo do animal.
A mistura múltipla, mais conhecida como proteinado, é a alternativa de suplementação que costuma ter a melhor relação custo-benefício. Em pastagens com boa disponibilidade forrageira e lotação de 1 UA/ha, essa suplementação possibilita ganhos de peso em torno de 200 a 400 g/cabeça/dia.
O sal mineral com ureia é a alternativa de suplementação de menor investimento nas épocas de seca, e tem como objetivo a manutenção de peso dos animais no período. É necessário que haja boa disponibilidade de forragem, ainda que de baixa qualidade. O consumo recomendado é de aproximadamente 100 g/UA, sendo cerca de 30% dessa quantidade de ureia.
Boas soluções para seca e suplementação demandam gestão correta e eficiente da pastagem
A fim de garantir maior eficiência na adoção de cada uma das etapas e técnicas apresentadas acima, é fundamental a utilização de uma tecnologia de gestão para fazendas de pecuária de corte. A JetBov, que é uma plataforma digital composta do aplicativo de campo, que, entre outras funcionalidades, dispõe de coleta de dados automatizada e funciona sem a necessidade de internet; e o armazenamento de dados em nuvem, que possibilita gerar relatórios com dados atualizados e precisos, de qualquer lugar; apresenta os custos dos animais da fazenda; índices de reprodução; e análise dos resultados da propriedade.
Com a tecnologia JetBov, você pode ter o controle das suas áreas de pastagens e módulos de pastejo rotacionado. Na plataforma, com a funcionalidade de gerenciamento de áreas e módulos, o mapa da propriedade pode ser inserido e, a partir dele, montar os módulos e planejar os dias de descanso e pastejo, a taxa de lotação máxima e ainda, acompanhar qual a taxa de lotação real de cada piquete.
Já no aplicativo JetBov de Campo, com a funcionalidade de troca de áreas, de forma totalmente offline, é possível saber em qual área o lote está e informar os manejos toda vez que realizar a movimentação dos animais entre os piquetes. Sem sombra de dúvidas, ao seguir todas essas orientações você estará promovendo importantes soluções para seca e suplementação na fazenda.
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