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O planejamento de vacinação na pecuária de corte pode prevenir perdas financeiras significativas na propriedade, e além disso, ser utilizado como ferramenta para otimizar outros manejos e controles.
Pensando nisso, é importante que o pecuarista trace uma estratégia de manejos sanitários efetiva, levando em consideração o cenário completo da fazenda.
Práticas sanitárias evitam doenças que afetam a produtividade da fazenda
Os manejos sanitários se dividem em:
- Diagnósticos e tratamentos de doenças já existentes na propriedade;
- Prevenção, controle e erradicação de doenças.
As doenças causam um impacto significativo na lucratividade do negócio. Por esse motivo, visando garantir a competitividade da propriedade, a prevenção é sempre a melhor alternativa.
Ao pensar em uma gestão focada na prevenção, o pecuarista deve se atentar a todos os cuidados sanitários, como eliminação de plantas tóxicas na propriedade, vermifugação, antiparasitários, e é claro, a vacinação.
Um calendário vacinal bem estruturado evita a diminuição da produtividade da propriedade por doenças, morte de animais, infecção de funcionários, e até mesmo isolamento de extensões de terra devido a surtos. Além disso, impacta na qualidade do produto comercializado, e na saúde do consumidor final.
Principais doenças a se prevenir:
A Febre Aftosa é uma das doenças mais infecciosas que acometem os rebanhos e, por um longo período, a vacinação a cada seis meses foi obrigatória em todo o país.
No entanto, a partir do próximo ano, teremos a liberação da vacinação obrigatória da aftosa em alguns estados. Essa flexibilização deve ser considerada uma conquista, obtida com a realização de todos os protocolos sanitários ao longo do tempo.
Pensando nisso, é importante manter a atenção e a disciplina no cuidado com a doença, lembrando que a produção bovina não é estática, e que os animais transitam entre estados. Por isso, o cuidado preventivo e atenção deve ser mantido, em busca da liberação para todos os estados do país.
Além disso, é importante lembrar que a Aftosa não é a única doença que preocupa os pecuaristas. Existem outras enfermidades que necessitam prevenção, como:
- Brucelose – A vacina deve ser aplicada em fêmeas, entre 3 a 8 meses de idade.
- Raiva – A vacina deve ser aplicada 1 vez ao ano em todos os animais da fazenda. Outra iniciativa adequada é o controle de morcegos na propriedade.
- Leptospirose – Vacinar vacas e novilhas em idade de reprodução.
- Clostridioses – Vacinar o animal com 4 a 6 meses de idade e 2ª dose seis meses depois.
- IBR E BDV – Vacinar 60 dias antes da monta.
Como realizar o planejamento da vacinação?
Os manejos sanitários demandam tempo de trabalho e exatidão na execução, e por esse motivo, devem ser planejados com antecedência. Além disso, com um calendário eficiente, o pecuarista pode otimizar o manejo e realizar mais de um protocolo sanitário de uma vez, ou mesmo um outro manejo complementar, como a pesagem do gado.
Mas, por onde começar o planejamento da vacinação?
O primeiro passo é definir o profissional responsável. O ideal é contratar um médico veterinário que saberá tornar essa organização mais eficiente e assertiva.
O profissional irá definir as datas de cada manejo sanitário, junto com os animais que deverão receber as vacinas, o local adequado e também quais outros profissionais estarão envolvidos nesse processo.
Num segundo momento, é importante que exista um treinamento de capacitação da equipe, para que o manejo seja efetuado de forma adequada e sem erros.
As principais boas práticas de vacinação são:
- Seguir as orientações de um médico veterinário;
- Seguir o calendário rigorosamente,
- Atentar-se às exigências do laboratório para a conservação e transporte dos insumos,
- Não vacinar animais doentes e debilitados,
- Aplicar a vacina de forma correta, conforme instruído pelo profissional técnico,
- Registrar todos os procedimentos executados, além de lote e validade dos insumos,
- Aproveitar o manejo vacinal para realizar outros manejos.
Fazendo esses processos da forma correta, o pecuarista evita perdas financeiras na sua fazenda.
Impactos financeiros ao negligenciar a vacinação do rebanho
Embora alguns pecuaristas acreditem que podem economizar em manejos sanitários e não efetuar as vacinações necessárias, a perda financeira que pode ocorrer na propriedade é maior do que o valor que seria investido na prevenção.
Um exemplo disso é a própria Febre Aftosa. Por ser um vírus que se dissemina com muita rapidez, sendo a principal barreira sanitária para exportação nos dias de hoje, todos os controles de supressão da doença são muito rígidos.
Identificando um foco da doença, isola-se a área de foco, cria-se um perifoco de 3km, uma área de vigilância de 7km e proteção de 15km. Dependendo da análise, a atividade desses 25km pode ser encerrada (a entrada e saída de animais e insumos da área é proibida) até que todo o surto seja tratado. Cada novo foco detectado nessa mesma propriedade, amplia a área de isolamento. Para recuperar o status de zona livre de vacinação, pode demorar de 3 meses a 2 anos.
Aplicando isso à realidade, os últimos focos da doença, registrados entre 2005 e 2006 nos Estados do Mato Grosso do Sul e Paraná, levaram a uma perda de um bilhão de dólares somente no Estado de São Paulo, mesmo este não tendo registrado um único caso da doença. Isso deve-se à suspensão do translado e também do investimento em vacinação obrigatória como medida de contenção.
Aplicando isso às enfermidades no geral, podemos criar um exemplo do impacto financeiro da falta de vacinação na fazenda:
Considerando uma propriedade com 800 animais e grande área de pastagem, em que os animais ficam afastados entre si. Podemos desenhar um cenário conservador, em que a margem de lucro estimada por animal é de R$4.500,00. Considerando que o custo de vacinação para 3 anos é R$ 7.600,00 na fazenda, e que nesse mesmo período, ao não vacinar seus animais, esse proprietário perdeu 0,25% do seu rebanho por doenças, o pecuarista teria economizado R$1.320,00 caso tivesse realizado a vacinação dos mesmos.
Se aplicarmos isso em uma propriedade com taxa de lotação maior, ou seja, mais contato entre os animais, a taxa de transmissão aumenta e a perda de animais seria muito maior.
Outro foco de perda de dinheiro, são as doenças podais (no casco), que podem acometer até 100% de alguns rebanhos e gerar um prejuízo entre R$931,00 a R$1979,04 por animal, devido a dificuldade na mobilidade dos animais, levando a perda de peso e reprodutividade. Além do risco de infecção generalizada, e outras doenças correlacionadas.
Embora a prevenção dessas doenças não seja pela vacina, no manejo de vacinação, o médico veterinário pode identificar prematuramente, pela postura e comportamento do animal, e tratar de forma imediata, evitando esse impacto financeiro.
Outro ponto de atenção, é checar a vacinação dos animais que você comprar, tomando cuidado para não trazer doenças para o seu rebanho.
Como a JetBov te auxilia no controle e planejamento de vacinação
Ao utilizar a plataforma de gestão para pecuária de corte JetBov, você substitui um planejamento feito em planilhas enormes, nas quais você investiria muito tempo organizando e futuramente analisando as informações, por um acompanhamento prático e automatizado.
A vantagem já começa na coleta dos dados, com o aplicativo de campo que opera sem uso de internet. Com ele o pecuarista consegue registrar o manejo vacinal feito, além de programar a data do próximo.
Se o produtor decidir aproveitar que o animal está no curral, e efetuar outros manejos simultâneos, o aplicativo também ajuda na agilidade, organizando todas essas informações de forma imediata. O aplicativo é didático, para que todos os profissionais do campo consigam usá-lo.
Com base nos dados coletados, a plataforma emite uma série de relatórios, que permitem ao pecuarista entender o desempenho da fazenda como um todo, e tomar decisões efetivas para melhorar os resultados da propriedade.
Entre esses relatórios, estão:
- Histórico individual de cada animal, que envolve o custo por animal, histórico sanitário e reprodutivo;
- Controle de estoque de insumos e relatório financeiro de insumos;
- Relatório de resultados da propriedade.
Ou seja, todos os processos de gestão da propriedade são quebrados em etapas mais simples e práticas, e todas as informações ficam centralizadas, de forma visual e intuitiva, permitindo que o produtor evite perdas e impulsione seus lucros.
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